Criar uma cartonera pode ser um projeto artístico e sustentável. Trata-se de um livro artesanal feito com capas de papelão reutilizado e costura manual. A ideia surgiu na Argentina para democratizar o acesso à literatura, usando materiais simples e baratos. A seguir, veja um tutorial completo para montar a sua própria cartonera.
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Papel e conteúdo interno:
Capas:
Costura:
Decoração:
Preparação das capas:
Preparação das folhas internas:
Capas:
Costura:
Decoração:
Montagem e costura:
Extra!
Opção com grampeador
Sua cartonera artesanal está concluída. Agora você tem um livro único, personalizado e sustentável. É uma ótima forma de compartilhar literatura, arte e criatividade!
O movimento começou quando o escritor argentino Washington Cucurto, junto com os artistas Javier Barilaro e Fernando Noy, fundou a primeira editora cartonera, chamada Eloísa Cartonera. O nome faz referência aos catadores de papelão, conhecidos como cartoneros, que recolhiam materiais recicláveis das ruas de Buenos Aires para sobreviver. Na época, o custo de impressão tradicional de livros era muito alto, e a venda de papelão era uma das principais fontes de renda para muitas pessoas.
Esses artistas e escritores viram uma oportunidade de unir o reciclável e a arte. Decidiram comprar o papelão diretamente dos catadores e usá-lo como capa para livros artesanais, produzidos de maneira simples e barata. As capas eram pintadas e decoradas à mão, e os livros continham poesias, contos e textos literários de autores, incluindo trabalhos inéditos ou de escritores locais que não teriam acesso fácil ao mercado editorial tradicional.
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Além de oferecer uma alternativa ao mercado editorial, as cartoneiras têm um papel importante na inclusão social. Ao comprar papelão diretamente dos catadores e empregar métodos artesanais, elas promovem a valorização do trabalho manual e da sustentabilidade, ao mesmo tempo que oferecem uma plataforma para escritores emergentes. O movimento também cria uma nova relação entre o leitor e o livro, transformando a experiência de compra em algo único e pessoal.
As editoras cartoneras desafiam o modelo convencional de produção literária, questionam a lógica do mercado editorial, e oferecem novas formas de criação e distribuição, todas elas baseadas na economia solidária, no respeito pelo meio ambiente e na arte colaborativa.
Essa história das cartoneiras continua viva até hoje, com novas editoras surgindo ao redor do mundo e trazendo consigo o espírito de inovação, inclusão e criatividade que marcou o início desse movimento revolucionário no campo da literatura e das artes.
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Reciclagem e sustentabilidade:
As capas das cartoneiras são feitas com papelão reciclado, adquiridos dos catadores.
Cada capa é única, pintada e decorada à mão, transformando cada livro em uma obra de arte personalizada.
Acessibilidade:
O baixo custo de produção permite vender os livros a preços populares, tornando a literatura acessível para mais pessoas.
Muitos escritores, especialmente os menos conhecidos, têm a oportunidade de ver seus trabalhos publicados.
Autonomia editorial:
Ao contrário das editoras tradicionais, as editoras cartoneras não seguem os padrões convencionais de mercado, oferecendo maior liberdade criativa para os escritores e artistas.